Os testes sorológicos para sífilis são classificados como não-treponêmicos, usados mais comumente para a triagem, como o VDRL e o RPR (Rapid Plasma Reagin), e treponêmicos, usados como testes confirmatórios para os soros reativos nos testes de triagem, como o TPHA, FTA e ELISA. O FTA-ABS é um dos mais sensíveis e específicos testes empregados na sorologia da sífilis. A interpretação dos exames laboratoriais para a pesquisa de Sífilis requer correlação de dados clínico-epidemiológicos, devendo ser realizado apenas pelo (a) médico (a). A sensibilidade e especificidade dos exames laboratoriais para o diagnóstico da Sífilis não correspondem a 100% e portanto, é possível a ocorrência de resultados falso-positivos, falso-negativos ou mesmo discrepantes entre os diferentes testes realizados para esta análise. Segundo o Manual Técnico para o Diagnóstico da Sífilis, de 2016, do Ministério da Saúde, embora o exame FTA-Abs IgM possa identificar uma infecção aguda, apresenta pouca sensibilidade (menor ou igual a 50%) e não deve ser utilizado rotineiramente no diagnóstico da Sífilis. As únicas indicações de uso para os testes que detectam IgM são amostras de líquido cefalorraquidiano (LCR) e investigação da Sífilis congênita em recém-nascidos.